terça-feira, 23 de setembro de 2008
A incoerência
Existem coisas realmente difíceis de entender. Vamos a uma delas. O atual coordenador geral do DCE da UFRGS se chama Rodolfo Mohr, figura bastante conhecida na Fabico. O mesmo Rodolfo Mohr trabalha na assessoria de imprensa da UFRGS. Essa semana, o DCE, coordenado por Rodolfo, entrou com uma ação no STF contra a nomeação do futuro reitor da UFRGS, Carlos Alexandre Netto. Ou seja, o DCE e, por conseqüência, Rodolfo, não quer que Netto assuma como reitor da Universidade. Ao mesmo tempo, Rodolfo é assessor de imprensa da UFRGS, trabalho que tem como uma das funções principais assessorar os pró-reitores e o reitor. Confesso que fazia tempo que não via um paradoxo destes. O assessor de imprensa do futuro reitor é a mesma pessoa que não quer que ele tome posse no cargo, chegando a entrar, através do DCE, com uma ação judicial contra isso. Até onde chegará a incoerência humana?
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5 comentários:
E eu achava que o Al Gore, depois de pedir 4 recontagens contra o Bush em 2000, é que era um mau perdedor.
Eu ficaria realmente confusa se estivesse dentro desta ambigüidade.
Acessor!?! hehehe, ele é bolsista carente da assesoria de imprensa da Universidade...qual consiguiste sua vaga pela condição socio-economica e deve ganhar seus R$300 mensais...não acredito em tamanho absurdo que tu paltas ai! Pois vejo sim, uma grande coragem dele, que coloca em risco sua bolsa....sei lá, parece que ele trabalha lá ainda (e o Reitor já assumiu)....saludos
Vicente: Al Gore mau perdedor? Eu também pediria quantas recontagens fossem possíveis. Ele teve MAIS votos que Bush, isto é fato. Acontece que o sistema eleitoral americano é esdrúxulo etc. etc. etc. mas isso não vem ao caso.
O que eu queria comentar mesmo é o seguinte: todos nós precisamos ganhar nosso dinheirinho no final do mês, independentemente de posição ideológica ou partidária. E ele é um mero BOLSISTA. Se o Rodolfo trabalhasse no Grupo RBS, por exemplo, aí sim poderíamos acusá-lo de incoerência.
Nesse caso, Amengual, não creio que seja o caso.
Pedir dezenas de recontagens, a meu ver, caracteriza dificuldade de reconhecer a derrota. Ou no mínimo muita chatice. Caso da nossa ex-reitora, que assinou um acordo antes do pleito e se recusou a cumpri-lo depois de perder a eleição.
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