sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Adeus ano velho, feliz ano novo ....

Deixo aqui o meu abraço a todos os amigos que visitaram o blog durante o ano que finda, o desejo de que todos tenham um 2008 infinitamente melhor do que 2007 e o meu voto de boas festas.



Grande abraço a todos e até 2008!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Ceia entalada na garganta

Bom pessoal, mais um Natal se passou, muitos presentes foram dados e recebidos, o velho Noel entrou pelas chaminés enfumaçadas das casas que as tem, supermercados lotados, perus, chesters, champanhe, panetone, frutas, cantigas natalinas, abraços, estradas congestionadas, mortes, nascimentos, etc. Diante de tudo isso, presenciei uma cena no anoitecer da segunda-feira que me fez repensar um pouco tudo o que circunda esta data tão festejada pelos cristãos, e por alguns não cristãos também. Próximos a uma parada de ônibus em que eu estava, uma família, composta por um homem, uma mulher, ambos ao redor dos 50 anos, e três crianças, a mais velha com uns 10 anos e a mais nova com uns três, discutiam asperamente. Como jornalista que sou, passei a prestar atenção na discusssão e tentar descobrir a razão para a contenda. Depois de uns dois minutos, descobri que a briga se dava porque as crianças não tinham ganho nenhum presente de Natal, nenhuma "lembrancinha", e a mãe e os filhos cobravam do pai por isso, por ele não ter arranjado dinheiro para comprar presentes para os filhos. Depois do primeiro sentimento, que foi de pena, e de uma frase dita pela criança mais velha, passei a refletir sobre o nosso papel, o de comunicadores, não importa se jornalistas ou publicitários, na sociedade. A criança disse, em um dos poucos momentos em que pude distinguir a sua voz por entre os gritos dos pais, que só elas que não ganhavam presentes, que viu na televisão que todo mundo tinha saído pra comprar presentes e todo mundo iria ganhar presentes e que ela queria aquele joguinho que viu no comercial da TV. Depois de mais alguns minutos de discussão, o homem se levantou, pegou uma garrafa de cachaça que estava do seu lado, mandou todos à m.. e saiu emborcando o líquido translúcido. Entrei no ônibus e segui a viagem refletindo sobre a nossa função, coisa que ainda faço agora. Como podemos nós, com o nosso trabalho, desestruturar ainda mais famílias que já não possuem quase nada. Os telejornais mostram as ruas e avenidas repletas de compradores ávidos, as lojas vendendo e faturando como nunca, as famílias felizes levando seus presentes para a casa e as crianças contentes e ansiosas pela espera do Noel. Os comerciais de TV, e de jornal e de rádio também, por que não, estimulam e incitam o consumo de brinquedos, roupas, celulares, videogames, eletrônicos em geral, etc. Para quem pode comprar, ótimo, será um Natal alegre e feliz com todos ao redor da árvore trocando seus presentes após uma saborosa ceia. E para quem não pode? O que ocorre com esses? Discussões, brigas, violência, crimes. A conseqüência todos nós sentimos e queremos soluções rápidas para elas. As causas, uma fatia considerável delas, pelo menos, somos nós, comunicadores, jornalistas ou publicitários, os responsáveis. Eu sigo cá pensando e, depois disso tudo, confesso que ainda não digeri muito bem a ceia da noite de segunda.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Uma notícia reconfortante

Depois de uma semana em que fui abatido pela rubéola e senti meus dentes cisos superiores irromperem por minha gengiva causando um considerável desconforto, a notícia de três notas 10 e o conceito A na banca do TCC é reconfortante.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Uma dona

Ela chegou de mansinho. Começou pegando a minha mão. Cobriu-a por inteiro. Em seguida, começou a tomar meu corpo. Dominando-o. Impedindo que eu me movesse normalmente. Passou pelo peito, pelas costas, pelas pernas e por fim, pelos pés. Por ela, não consegui sair de casa. Por ela, não senti os sabores. Por ela, desmarquei compromissos e passei uma semana sem ver amigos, parentes, colegas, enfim, pessoas. Ela me derrubou, acabou comigo, me conquistou por inteiro. Durante sete dias ela não me deixou sair da cama. Me deu uma surra. Foi insaciável. Hoje já estou melhor, me recuperando. Ela já não comanda minhas ações. Já não me impede de sair. Hoje eu posso dizer que consegui me livrar dela. E que não volte nunca mais, essa dona chamada Rubéola.