terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Andy Mckee - Drifting

Tái o vídeo do cara que eu falei no post anterior. Deliciem-se.

Um final de semana produtivo

Um final de semana produtivo, artística e culturalmente falando esse que se passou. Ouvi dois discos e assisti à um DVD que impressionaram, cada um do seu jeito.

O primeiro deles foi o novo disco de John Fogerty, vocalista do saudoso Creedence Clearwater Revival. O disco é simplesmente maravilhoso para quem gosta de rock'roll sem frescuras. Indicado ao Grammy de melhor álbum de rock do ano que passou, "Revival", esse é o nome do disco, mistura algumas poucas baladas com músicas ligeiras, levadas com uma guitarra marcante e com o característico vocal rasgado de Fogerty. Essa, alías, foi uma surpresa para mim. Aos 62 anos, o cara continua cantando muito, de fazer inveja pra muito garotão que se acha cantor de rock. Para ouvir do início ao fim.


A minha segunda atividade foi assitir ao novo DVD do Pearl Jam, lançado ainda no ano passado e recém saído em versão brasileira, com legendas em português, "Immagine in Cornice". Filmado em super 8 e dirigido pelo fotógrafo norte-americano Danny Clinch, é um retrato da turnê que a banda fez em 2006 na Itália. Misturando cenas de bastidores com imagens de shows, "Immagine in Cornice" mostra o Pearl Jam por dentro, sus excentricidades e manias. O DVD-documentário mostar porque a banda é a única dos grandes grupos que surgiram em Seattle no início dos anos 1990 que ainda continua na ativa. E muito bem, diga-se de passagem. A qualidade de imagem e som são sensacionais. São 111 minutos de puro rock, tanto fora quanto em cima do palco. Muito bom mesmo.

E, para finalizar, ouvi algo mais calmo, mas não menos genial. Nunca tinha ouvido falar nesse cara mas ouvi por inteiro seu ábum. Estou falando de Andy Mckee e o seu cd "Art of Motion". Sendo sintético, Mckee é violonista e seu disco é somente instrumental. Confesso que babei ouvindo o cd e depois assistindo aos vídeos de suas performances no Youtube. O cara é gênio. Um virtuose. Quem olha para ele não dá nada, um gordinho careca e barbudo. Mas quando ele começa a dedilhar o violão não há como não se impressionar. Pra quem gosta de boa música e admira o som extraído das cordas do violão, Andy Mckee é uma ótima pedida. Um tranqüilizante para fechar um dia agitado musicalmente.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

16 anos! 16 anos!

Durante a semana em que ocorreu o vestibular da UFRGS, passeei por entre meninos e meninas ávidos por uma vaga na Universidade. Olhando para o rosto de alguns deles saltou-me à vista uma situação que ainda não tinha notado com clareza, ou, pelo menos, não tinha pensado sobre o assunto: crianças escolhendo sua futura profissão e definindo, já, uma parte importante do caminho que trilharão na vida. E quando falo em crianças não é somente força de expressão. Falo de garotos e garotas de 16 anos. 16 anos! Profissão escolhida. Eu, quando passei no vestibular, tinha 19 anos e mesmo assim acho que não estava preparado para tomar tal decisão. Não me arrependo da que tomei, mas tenho certeza de que tive mais sorte do que juízo ao acertar na escolha. A cada vez maior juvenilização (essa palavra existe?) das universidades traz conseqüências importantes para o contexto universitário. Nos meus últimos anos de faculdade não conseguia mais ficar nos corredores do prédio. A infantilidade era tamanha que quem quisesse conversar tinha de quase gritar para se fazer ouvir, visto a imensa quantidade de gritos, gargalhadas, brincadeiras, etc. Não se via ninguém mais conversando sobre assuntos sérios. Só bobagens. Não que eu não goste de bobagens, muito pelo contrário, e quem me conhece sabe disso, mas tudo tem um limite. A primeira coisa que fazem depois de entrar na universidade é comprar uma mochila ou bolsa com o logo da UFRGS ou com o nome do curso ou da faculdade. Isso para que todos saibam que o menininho do papai está na federal. Abrimos essa mochila e não encontramos um livro sequer. Alguma revista capricho, talvez. E com razão, com 16 anos o indivíduo tem de curtir, se divertir, e vários outros verbos no infinitivo. 16 anos não é idade para se pensar no futuro. Cheguei a pensar que as praças da cidade estão vazias porque os seus costumeiros frequentadores estão nas faculdades. Bobagem minha. Com 16 anos eu não tinha a mínima idéia do que seria na vida. Até hoje ainda não estou certo do que serei. E a culpa disso tudo não é da gurizada, eu nem ficava brabo com eles, pois afinal de contas ainda são crianças, ou como preferem alguns, ainda são jovens. E como sabiamente já dizia Eduardo Menezes, jovem é uma merda.