Olá, quanto tempo, como você está?
Desculpe por não te procurar.
Foi difícil para mim.
Espero que você entenda.
Andei pensando durante esse tempo.
Eu precisava pensar.
Precisava disso.
Muito.
Não nos vimos mais depois daquele dia.
Fomos nos afastando aos poucos.
Você não mais me quis.
Eu tive de entender.
Nunca estamos preparados.
Por mais que tenhamos visto, ouvido e
pensado sobre isso, nunca estamos preparados.
Poderia ter sido diferente, eu sei.
Eu poderia ter sido, você poderia ter
sido, mas foi desse jeito.
Será que não era assim que deveria
ser?
Eu precisava pensar.
Precisava estar comigo antes de voltar
a ter contigo.
Tudo aquilo que eu acreditava, todas
as crenças, se esfarelaram em minhas mãos trêmulas.
Sabes quando já não se acredita em
mais nada?
Quando a dúvida é a única certeza?
Tudo aquilo que sempre fora real
tornara-se um canto sutil ao meu ouvido.
E eu quase já não mais podia ouvi-lo.
Mas, é preciso seguir.
Sim, é preciso seguir.
Sigo tentando encontrar o caminho,
confesso.
E, se me afasto, é por que ainda sinto
a sua falta.
Muita.
Mais do que achei que poderia sentir a
falta de alguém.
De todos os erros que cometi, amar-te
não foi um deles.
Talvez, esperar que o teu amor fosse
igual ao meu.
Quem sabe, acreditar que ele era.
Mas não te amar.
Amar-te não foi um erro.
Amar nunca é um erro.
Torço para que estejas bem.
Feliz.
Plena.
Eu ainda estou de pé.
Vivo.
Em paz.
Comigo.
Contigo.
Conosco.
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