Não tenho escrito muita coisa por aqui. Falha minha talvez, um pouco de preguiça quem sabe, falta de assunto possivelmente. Até agora 2009 tem sido um ano bem bom. Bastante atividade no trabalho, tenho produzido bastante e ideias novas surgem com muita regularidade. Algumas surpresas muito boas e grandes expectativas para os próximos meses.
Não vou para o Litoral nesse verão e acho que ficando em Porto Alegre acabo descansando mais. O jornalismo diário fez com que algumas utopias em relação à profissão fossem deixadas de lado. A realidade é bem mais crua. É preciso produzir todos os dias, não há tempo para muitas divagações e grandes aprofundamentos. A satisfação de ter escrito uma matéria de abertura de 4 mil caracteres, com foto na capa, acaba no momento em que a pauta do dia seguinte é passada.
Entretanto, cabe ressaltar que me surpreendi muito positivamente em relação à prática da profissão. Pelo menos no veículo onde trabalho, tenho uma considerável liberdade para propor pautas, algumas, eu diria até, bastante “subversivas”, como diria aquele mestre. Existe uma certa satisfação na chefia imediata e em mim também quando a assessoria de comunicação de um órgão público liga reclamando da matéria que foi publicada, fato que já ocorreu diversas vezes. O compromisso continua sendo com o leitor e com a mais ferrenha fidelidade com a verdade factual. É lógico que na maioria das vezes se faz necessário ouvir o lado que é alvo da reclamação popular, até para que o leitor e a população saiba o que está ou o que não está sendo feito. Mas esse espaço, o da voz oficial, sempre tem der ser o estritamente necessário para que uma satisfação à sociedade seja dada. Enfim, estou gostando bastante. Não é nem aquela maravilha ideal com que sonhávamos quando estudantes, nem aquele sepulcro do jornalismo que achávamos que era. É a realidade, a força dos minutos e do dia-a-dia impedem que algo muito melhor seja feito, mas isso não é motivo para que não se tente fazê-lo. É isso.
Um comentário:
Que bom, que bom.
Postar um comentário