Nessa semana estive acompanhando o lançamento, em Porto Alegre, da Campanha da Fraternidade 2009, organizada pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), entidade ligada à Igreja Católica. O tema da campanha neste ano é "Fraternidade e Segurança Pública". Durante a apresentação da campanha o presidente regional da CNBB, Dom José Mário Stroeher, fez duras críticas ao sistema de segurança atual em prática no País, à Justiça e à situação das penitenciárias brasileiras. "Para combater a violência não basta combater os efeitos, é preciso discutir as causas, que são muitas. Não se pode associar pobreza com criminalidade, por exemplo, pois os grandes líderes do crime organizado não estão nas periferias. Outro ponto é o tratamento diferenciado que é dado pela justiça aos pobres e aos ricos, que dá a impressão de que as leis foram feitas somente para alguns", afirmou o religioso.
O Comandante Geral da Brigada, coronel Trindade, estava presente no acontecimento. Até aí, nada demais, e é até normal que no lançamento de uma campanha de mobilização nacional como a realizada pela CNBB, que tem como assunto principal a segurança pública, a principal figura da polícia militar do Estado esteja presente. O que chamou a atenção foi o que ele disse em entrevista para mim e para um repórter do jornal Correio do Povo. O coronel Trindade falou que gostou do que ouviu dos representantes da Igreja porque teve a impressão de que o debate se dará em torno de valores e não com viés político. Cá para nós, é inegável que a questão da segurança publica é fortemente política, depende de ações políticas, de vontade política. A impressão que deu foi de que o coronel não foi no encontro para se inteirar da campanha, saber quais propostas e sugestões a Igreja tinha, se integrar no processo de debate sobre o tema, e sim foi apenas acompanhar para ver se o governo iría ser criticado. Não foi (ou pelo menos não identificadamente) e ele saiu satisfeito.
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Uma pequeníssima prática de subversão
Segue o primeiro parágrafo de uma matéria que fiz e que foi publicada na edição do dia 6 de fevereiro no Jornal do Comércio. Uma pequeníssima prática de subversão, eu diria. Mas é melhor do que nada.
"A Fundação de Assistência Social e Cidadania tem como um dos seus focos de atuação a retirada dos pedintes das ruas de Porto Alegre. O que se pôde ver na tarde desta quinta-feira, entretanto, foi algo muito parecido com o que é feito pelos moradores de rua, só que sendo realizado dentro do gabinete do secretário Kevin Krieger. Durante a apresentação do projeto do Centro Material de Reciclagem (Cemar) pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) ao secretário nacional de Transporte e Mobilidade Urbana, Luiz Carlos Bueno de Lima, o que mais se pôde ver foram pedidos de liberação de recursos por parte do Ministério das Cidades para a viabilização do projeto."
"A Fundação de Assistência Social e Cidadania tem como um dos seus focos de atuação a retirada dos pedintes das ruas de Porto Alegre. O que se pôde ver na tarde desta quinta-feira, entretanto, foi algo muito parecido com o que é feito pelos moradores de rua, só que sendo realizado dentro do gabinete do secretário Kevin Krieger. Durante a apresentação do projeto do Centro Material de Reciclagem (Cemar) pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) ao secretário nacional de Transporte e Mobilidade Urbana, Luiz Carlos Bueno de Lima, o que mais se pôde ver foram pedidos de liberação de recursos por parte do Ministério das Cidades para a viabilização do projeto."
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